Estações do Ano
ESTAÇÕES DO ANO
Não há estações climáticas cíclicas no planeta de If. Há estações climáticas fixas causadas por vulcões polares. A partir do vulcão polar norte “Kreptar”, irradia-se calor por quase metade do globo. Quanto mais próximo do vulcão, maior a temperatura. Quanto mais distante, mais amena. Ocasionalmente, Kreptar expele pequenas quantidades de magma. Nenhuma erupção de grandes proporções ocorreu até o momento.
O mesmo ocorre com o vulcão polar sul “Fryser Geist”. A diferença é que o Fryser Geist é um vulcão de gelo, emanando uma torrente de ar congelante por quase metade do globo. Quanto mais próximo dele, mais opressiva é a temperatura congelante. Quanto mais distante, mais ameno o frio. A erupção de Fryser Geist expele uma torrente de neve sobrenatural capaz de congelar qualquer coisa que tocar instantaneamente em zero absoluto. Felizmente, esse é um evento raríssimo e sua última ocorrência foi breve e de pequenas proporções.
As massas de ar de temperaturas opostas se chocam na linha imaginária de Midian que corta os dois hemisférios, criando uma zona de temperatura amena na região central do globo com milhares de quilômetros de extensão. Devido a uma complexa interação entre o relevo de cada terreno e anomalias mágicas naturais, mesmo na região de Midian é possível encontrar “bolhas” climáticas que contrastam significativamente com seus arredores.
No polo oeste há o vulcão aquático “Hohonu” que se ergue a partir das profundezas oceânicas e acaricia os céus. De sua chaminé brota uma torrente de água marinha de forma imprevisível. Por vezes passam-se anos correndo serenamente um tímido riacho de sua borda, para num rompante explodir em um gêiser intempestivo que fura o firmamento, causando tempestades oceânicas titânicas.
Toda essa umidade injetada no planeta é equilibrada pelo vulcão leste “Absu”, o menor dos quatro e, no entanto, o mais temido. Ao invés de expelir qualquer tipo de material, Absu eventualmente entra em “contra-erupção”, gerando uma pressão atmosférica negativa poderosíssima, sugando uma enorme quantidade de massa de ar para seu interior(e de qualquer coisa ou ser vivo que tenha o azar de estar em sua proximidade). As terras ao redor de Absu são desérticas e esteréis. Nuvens só são vistas no céu quando ele apresenta contra-erupções “suaves”, sugando a massa de ar de forma lenta e com pouca força, o que traz nuvens distantes para próximo de si. Ninguém sabe o que – e se – há algo no fundo da chaminé de Absu. Se alguém teve o infortúnio de ser sugado para seu interior, não retornou para contar a história. Fortuitamente surgem intrépidos aventureiros convictos de desbravarem seu interior, mas nenhuma expedição até o presente momento teve sucesso.